A semana que se passou trouxe uma notícia bem triste: a suspensão das atividades regulares do Portal do Rugby. Foi uma notícia que me pegou de surpresa e, acredito, que foi assim também para a grande maioria das pessoas que acompanhavam o Portal. O sentimento que me tomou conta foi o de luto, de perder algum ente querido. E, dado que não conheço o rugby sem o Portal, é totalmente compreensível isso... Todo modo, me apego ao termo suspensão para acreditar que o Portal voltará no futuro; mas, no fundo, sinto que isso foi realmente um adeus.
E, por isso, a perda que tivemos é irreparável. Só nesse primeira final de semana já se pode sentir o tamanho disso quando ninguém sabe ao certo quando e quais serão os jogos de rugby transmitidos por terra brasilis. Agora, imaginem como será quando tivermos os campeonatos Brasil afora rolando efetivamente...
Enfim, tal qual os resultados diretos e indiretos das Yaras e dos Tupis nas Olimpíadas e eliminatórias para a Copa do Mundo, respectivamente, essa "pausa" do Portal tem que gerar uma reflexão da comunidade do rugby sobre como o esporte tem sido tratado e trabalhado no país.
Uma reflexão que não fique só na de apontar culpados ou não, mas um reflexão que aponte o que cada um tem feito pelo rugby em si mesmo. Afinal, é óbvio que precisamos de mais pessoas, mais base, mais visibilidade. Mas, quantos são os que tem trabalhado por isso? Quantos são os que pensam para além de jogar? Quantos são os que pensam em criar um legado?
E é um tanto quanto repetitivo e trivial falar isso, mas querer um rugby brasileiro grande e competitivo e só se preocupar em treinar/jogar e fazer comentários na internet não mudará nada. Na real, só atrapalhará... (e aqui abro parênteses para um disclaimer: tenho certeza absoluta que quem se incomodará com isso não são as pessoas que realmente deveriam se incomodar...)
Enfim, as pessoas precisam entender que a realidade do rugby nacional é o amadorismo e que o desenvolvimento e profissionalismo só ocorrerão com muito planejamento e trabalho - e isso não só nas federações e confederações, mas também nos times (que, pra começo de conversar, precisam começar a pensar como clubes). Só assim teremos um ambiente próspero, saudável, crescente e competitivo e no qual situações como a do Portal do Rugby não se repetirão.
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